segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A Teté está a morrer

A Teté está a morrer lentamente, pobre num Hospital para ricos, adormecida para o Mundo. Analfabeta, duma inteligência rara, duma frontalidade capaz de desafiar os profissionais de saúde a anestesiá-la para evitar problemas, está em contagem decrescente para subir ao Céu. "Então T estás sempre a dormir, nem me dizes olá...".
A Teté está na foto com o gato dela, o seu grande amor, para além do Lili Cacá e do Hu. Baptizei-o de "Astérix" e ela chamou-o de "Marujo". O Marujo já morreu há anos. Foi sepultado no caixote do lixo. Deixou de comer marmota cozida.
O Marujo não gostava de mim e eu retribuía. Eu devia gostar do Marujo mesmo que ele não gostasse do Lili Cacá (que era o meu pequenino eu). Devia, devia. Não posso gostar só de quem me ama.

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